Selic, a taxa básica de juros do Brasil que vem aumentando junto da inflação

Selic, a taxa básica de juros do Brasil que vem aumentando junto da inflação

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Copom deve realizar novo aumento na Selic em maio


Com o objetivo de combater a inflação, o Banco Central já adiantou, no último dia 22, que poderá aumentar a Selic, taxa básica da economia. Entender os efeitos da Selic sobre a inflação é importante para proteger sua renda e garantir o poder de compra. 


Atualmente, a taxa Selic está definida em 11,75% ao ano, após reunião do Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central no último dia 16. A próxima reunião do comitê está marcada para o início de maio e a expectativa é de que haja um aumento de 1% na Selic. 

O que é a taxa Selic? 

A Selic é a taxa básica de juros da economia brasileira, sendo usada como instrumento para controle da inflação. Em termos técnicos, o termo Selic significa “Sistema Especial de Liquidação e de Custódia”. 


Com a Selic, o Copom consegue controlar todas as taxas de juros do país, como os juros de empréstimos, de financiamentos e de investimentos. Essa taxa se baseia nos juros aplicados em empréstimos de um dia entre bancos. O Banco Central opera o mercado de títulos públicos, usados pelas instituições financeiras como garantias desses empréstimos. 


Dessa maneira, o Banco Central ajusta o percentual da taxa Selic por meio das reuniões do Copom feitas periodicamente.

Como a taxa Selic afeta a inflação? 

Como você pode entender pelo que falamos no tópico acima, a Selic é a taxa que regula os juros da economia brasileira. Por isso, ela pode ser usada para os mais variados fins, como controle da meta da inflação ou estímulo de consumo. 


É bem simples de entender: quando a Selic aumenta, os juros cobrados em operações financeiras, como empréstimos e financiamentos, ficam mais altos e isso freia o consumo e facilita o controle da inflação. 


Já quando a Selic diminui, os juros de empréstimos, financiamentos e cartões de crédito caem e isso estimula o consumo. Temos exemplos claros e recentes dessas situações no país. 


Entre 2018 e 2020, com a inflação controlada e buscando estímulos para recuperação da economia após a crise, a Selic estava em baixa e chegou a alcançar o patamar de 2%, menor nível na série histórica. Isso ajudou a estimular a economia do país, elevando o consumo. 


Em 2021, com o aumento da inflação, o Banco Central teve de começar a fazer o movimento inverso. Para tentar brecar a alta de preços de produtos no país, está sendo preciso elevar a Selic para manter a inflação dentro da meta. 

Copom estima que aumento da Selic deve ser suficiente para conter a inflação 

De acordo com o Banco Central, o preço das commodities brasileiras que já vinham em alta sofrem com a pressão da guerra na Ucrânia, e isso sinaliza novos aumentos na Selic. 


Pelas projeções do Copom, os reajustes da Selic devem ser suficientes para manter a inflação dentro da meta do governo, que é entre 3,5% e 5% em 2022 e de 3,25% e 4,75% em 2023. 


A nota divulgada pelo Copom aponta que o momento exige serenidade e ressalta que o comitê está pronto para ajustar as taxas quando necessário. A princípio, a estratégia inicial deve ser mantida para o controle da inflação. 


Aliado ao aumento da Selic, o Banco Central afirmou que o IPCA, índice que mede a inflação do país, continua em níveis elevados. Previsões do mercado financeiro apontam que a inflação deve ficar em 6,4% em 2022 e 3,7% em 2023. 


As expectativas para o curto prazo é que a Selic se mantenha em alta para controlar a inflação do país. Isso deve encarecer taxas de juros em operações financeiras, mas, em contrapartida, a alta é boa para investidores, já que ela influencia no aumento da rentabilidade dos títulos de renda fixa. 


Depois de atingir um patamar altíssimo em 2021 e provocar altas absurdas em produtos básicos da mesa do brasileiro, a inflação é o principal índice a ser combatido neste ano e o governo usará a Selic para isso.

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