Já não é novidade, para ninguém que trabalha com marketing digital, como um blog pode trazer resultados sólidos para uma marca. Mas pouca gente sabe como segmentar o público dessa ferramenta, tirando dela o melhor possível.
De fato, cresce a cada dia o número de blogs que surgem na internet, abarcando vários segmentos e nichos de mercado. Até porque se trata de um dos investimentos mais baratos do marketing digital, e um dos melhores ROIs (Retornos Sobre o Investimento).
Mas justamente por ser tão democrático, tem sido cada vez mais difícil fazer a diferença e se destacar no meio da multidão. Além do mais, não é tão fácil gerar conteúdos originais com a devida constância, mantendo o engajamento do público-alvo.
É aí que está o ponto: o público-alvo. Muita gente pensa que para fazer sucesso em blogs, ou mesmo em vlogs e nas redes sociais, basta ter um conteúdo que seja excelente. Na verdade, embora a qualidade do material seja indispensável, ela não é tudo.
Pense bem, você pode ter os melhores conteúdos sobre montagem de stands para feiras, mas imagina se ele chegar apenas para adolescentes e jovens, que não se preocupam a não ser com assuntos em torno de vestibulares e estudos.
Certamente, o conteúdo vai “passar batido”, como se diz. Este exemplo é uma maneira extrema de demonstrar que na internet continua valendo a velha regra do marketing tradicional: o segredo é impactar a pessoa certa, na hora certa.
Há várias maneiras de gerar tráfego e impactar cada vez mais gente, porém nosso foco vai ficar na questão da definição do seu público-alvo. Até porque não adianta, justamente, você investir fortunas em propaganda, se não souber segmentar o público.
Portanto, ter um blog de sucesso é muito mais do que fazer artigos bem escritos, claros e originais. Lembrando que a função dessa ferramenta extrapola o interesse em vendas imediatas, podendo abarcar todo o funil de vendas.
Ou seja, o blog também pode servir para captação de leads, para nutrição deles quando estiverem na etapa de prospecção, e até mesmo para pós-venda e fidelização da sua clientela.
Mas claro, tudo isso só vai funcionar se as primeiras etapas estiverem bem amarradas. Por isso escrevemos este artigo, trazendo alguns conceitos indispensáveis para a compreensão do assunto, junto de dicas práticas que ajudam na hora de colocar a mão na massa.
O que trazemos aqui serve para qualquer segmento, seja um blog sobre indústrias químicas ou gráficas e banner informativo.
Deste modo, para saber como transformar o seu blog numa máquina de gerar leads e oportunidades crescentes para o seu negócio, basta seguir adiante na leitura.
1. Nunca deixe para depois
É muito comum o dono de um negócio pensar que precisa segmentar seu público-alvo somente quando for se preocupar com marketing e divulgação. Ou quando for migrar para a internet.
Claro, se você tem uma escola de ensino integral há décadas, seu negócio já existe e não tem como voltar atrás. Mas o ponto aqui é perceber que as preocupações em torno do público de uma marca precisam surgir o mais rápido possível.
Uma dica para que isso ocorra no momento certo é fazê-lo na hora de definir a cultura organizacional da empresa. Trata-se daquela etapa em que os sócios estabelecem a filosofia de trabalho, isto é, a missão, a visão e os valores da marca.
Neste sentido, não é raro o público-alvo ser definido juntamente com a própria definição do segmento em que a marca vai atuar. Como ao definir sobre confecção de móveis, se vai ter um ticket médio de classes A e B, ou C e D, por exemplo.
2. Pesquisas: não tenha pressa
Se é importante não deixar para depois, isso também não significa que seja preciso definir um público-alvo a qualquer custo. Na verdade, o necessário mesmo é não ter pressa, no sentido de que é preciso fazer pesquisas e dar a devida atenção ao caso.
Um dos esforços mais tradicionais nessa área se chama benchmarking. Essa estratégia permite que uma clínica veterinária popular consiga não apenas compreender melhor sua concorrência em relação à sua própria solução, mas ir além.
Por exemplo, é possível definir, desde o começo, qual o market share que será abrangido pela marca. Ou seja, qual a “cota de mercado”. Isso também vai definir questões de orçamentos e de datas para metas e afins.
Além de feiras, exposições e demais maneiras de marcar presença fisicamente nos acontecimentos do seu segmento, hoje a internet pode ajudar e muito.
Por se tratar de geração de conteúdo para blogs, fazer pesquisas pelos motores de busca também já dá um panorama bacana sobre sua concorrência.
3. Indo direto ao público-alvo
Nossa intenção aqui não é dificultar nada. Na prática, todo comerciante sabe, mais ou menos, qual é o seu público-alvo, não é verdade?
Só é preciso tomar cuidado, pois o mercado mudou muito nos últimos anos e décadas, então ninguém pode se fechar para novidades constantes.
Por isso, além de conversar ou investigar a sua concorrência, é possível ir direto ao seu público, que você já sabe que é quem você está tentando impactar de maneira mais eficiente e sustentável.
Se a empresa trabalha ou vai trabalhar com algo nichado como bandas ortodônticas, é possível ir direto aos médicos e doutores. Na prática, eles é que compõem o seu alvo, não é verdade?
A internet está aí para ajudar nisso também, especialmente nas redes sociais, com pesquisas, enquetes e até mensagens que você manda “no privado”. Você pode até fazer ofertas para quem se dispor a responder umas perguntinhas, que tal?
Porém, é preciso saber fazer as perguntas certas, como veremos adiante.
4. O que são as Gerações Y e Z?
Já falamos que o mercado mudou muito nas últimas décadas. A principal mudança foi, sem sombra de dúvidas, a das Gerações Y e Z, que são as pessoas nascidas de 1980 e de 2000 para cá, respectivamente.
Como tiveram acesso maior à internet e à informação, elas são muito mais críticas, e buscam uma experiência marcante e não apenas uma relação de “compra e venda”.
Se uma lanchonete atua no mercado há décadas, ela não pode negar que hoje até mesmo seu cardápio pode mudar de maneira expressiva. A juventude gosta, por exemplo, de mini hambúrguer artesanal, o que antes talvez não teria feito tanto sucesso.
5. As perguntas principais
Já falamos sobre mudanças nos costumes e comportamentos, sobre métodos de abordagem ao público, sobre pesquisa de mercado e concorrência, mas é preciso ir ainda mais fundo nisso. Afinal, quais perguntas certas podem me ajudar?
Aqui é preciso reconhecer que a noção de público-alvo também evoluiu nos últimos tempos. Hoje, não basta uma empresa de plano alimentar para emagrecer dizer que seu foco são as “pessoas que querem emagrecer”.
É possível, e preciso, ir muito além, com perguntas como:
Onde meu cliente ideal se encontra?
O que ele gosta de assistir e de ler?
Como ele consome novidades e notícias?
Quais plataformas ele mais acessa na internet?
Em quais redes sociais ele está?
O que ele faz nas suas horas vagas?
Quanto ele gasta em compras todo mês?
Quais são seus desejos e seus receios?
Isso deixa claro como não basta fazer as antigas divisões sobre localização, poder aquisitivo, profissão e idade, não é mesmo? É preciso fazer essas perguntas mais profundas, e então criar dois ou três perfis semifictícios.
Assim você descobre qual é a persona da sua marca. Com isto, todos os conteúdos que você for criar para o seu blog deverão ser direcionados a um desses perfis, e sua assertividade vai aumentar e muito.
6. Bônus: solucionando “dores”
Hoje em dia, é muito comum usar, no mundo corporativo, a expressão “resolver uma dor”. Até na hora de uma empresa contratar um funcionário, ela pode dizer algo do tipo “Nossa dor está nas finanças, precisamos de alguém bom nessa área”.
Pois bem, isso tem tudo a ver com o que dissemos sobre as Gerações Y e Z, que buscam uma experiência marcante, e não apenas um produto ou serviço. Também é muito comum ouvir o termo “solução de mercado”.
Deste modo, um blog sobre saco de dormir para bebê não deve fazer um conteúdo que explore apenas as qualidade técnicas do produto, ou a suposta superioridade da marca em relação à concorrência.
Ele deve apresentar uma solução e resolver uma dor específica da sua persona. Por isso mesmo, artigos como “10 maneiras de fazer seu bebê dormir melhor” têm um retorno bem mais positivo do que “Vantagens do saco de dormir X ou Y”.
Com isto, vemos que a segmentação do público-alvo é uma das estratégias mais importantes que um blog pode empreender, sobretudo se quiser crescer no curto, no médio e no longo prazo.
Esse texto foi originalmente desenvolvido pela equipe do blog Guia de Investimento, onde você pode encontrar centenas de conteúdos informativos sobre diversos segmentos.
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