Nospheratt andou muito decepcionada e passou alguns meses sem blogar. Quando voltou, escreveu o brilhante post Três Anos… E Daí?, no qual ela questiona a ética na Blogosfera.
A entrevista ficou grande, mas é uma delícia de ler. Li tudo de uma vez só, sem parar para respirar e acredito que o mesmo acontecerá com vocês. Aproveitem cada palavra da Nosphie e reflitam bastante sobre o que vocês esperam para o futuro da nossa Blogosfera.
Com vocês, um pouco mais do pensamento desta mulher guerreira e perfeccionista.
| Sou mulher por nascimento e vocação, irônica por diversão e hobby, brasileira inveterada, filósofa nas horas mais impróprias, blogueira de profissão, escritora e poeta pela pura necessidade de expressar meus oceanos interiores. Também sou catedrática em opinologia pitacológica. Ando na casa do 30, sou casada e moro no Uruguay. Gosto de ler, amo escrever, adoro blogs. Sou chata, perfeccionista, maniática, muito emocional e não tenho paciência com frescura. (…) |
1 - O Blosque começou no Blogger e se chamava "Blogando por dinheiro". Você chegou a viver da renda dos seus blogs?Ainda é possível ganhar dinheiro com blogs? E quais seriam os caminhos?
Sim, cheguei. E continuo encarando os blogs como minha profissão. Hoje ganho menos do que já ganhei, porque deixei de investir nos caminhos tradicionais com os quais sempre trabalhei (publicidade contextual e produção de conteúdo) para explorar outras formas de rendimento - sobre as quais não vou falar agora pois ainda não estão produzindo o retorno que pretendo.
Sim, é possível. Apesar do que pode parecer, muita gente vive (e bem) da renda dos seus blogs. Os caminhos continuam sendo variados, e continuam passando pelos mesmos pontos: levar o blog a sério, conhecer seu leitor, trabalhar para se tornar conhecido, estudar o mercado, etc - todas essas coisas que a gente vêm falando há séculos.
Infelizmente, também continua sendo mais fácil obter rendimentos se você fala de assuntos "populares", muitas vezes de gosto duvidoso. É a lei do mercado: BBB sempre atrai mais audiência do que TV Cultura, e a Internet não escapa disso.
2 - O que te fez migrar para o Wordpress, mudar o nome do blog e como foi esse processo, desde a decisão até a implementação?
Eu migrei para o Wordpress, primeiro que nada, porque cansei das limitações do Blogger. O Blogger foi uma excelente escola, e continuo achando que você pode ter um blog perfeitamente decente lá. No entanto, ele tem um "teto" de até onde você pode chegar; ferramentas importantíssimas, como trackbacks, páginas estáticas, sistema decente de arquivos e categorias, e moderação eficiente de comentários, continuam ausentes. Além disso, na época que migrei, ainda não estavam disponíveis coisas que ele oferece hoje, como comentários inline e agendamento de posts.
Quando você atinge um determinado patamar de crescimento (tanto no quesito visitação como no conhecimento sobre como funcionam as plataformas de blog) fica cada vez mais chato administrar um blog no Blogger. O Wordpress, apesar de mais complexo, é muito mais prático, depois que você aprende a usá-lo.
Em segundo lugar, eu migrei por causa da indexação. As urls do Blogger são muito ruins; além do número limitado de caracteres, elas assassinam os permalinks em Português, porque não admitem caracteres acentuados. Outro problema é que se você tem mais de um post com o mesmo título (no caso de uma série, por exemplo) ele adiciona números no final da URL, o que fica pior ainda.
Os permalinks customizados do Wordpress são muito melhor indexados, e bem mais flexíveis. A prova disso é que logo após a migração, embora eu tenha sofrido a inevitável perda de Pagerank e dos problemas com o redirecionamento do Blogger, minha visitação subiu consideravelmente.
Outras razões para a migração: a flexibilidade dos plugins, a tranquilidade de ser dona do espaço onde hospedo meus blogs, e a seriedade e profissionalismo adicionais com os quais as pessoas vêem seu blog quando ele está num host próprio. Existe ainda um enorme preconceito com blogs hospedados no Blogger, embora isso nem sempre seja sinal de falta de seriedade ou profissionalismo do blogueiro. Existem excelentes blogs no Blogspot (O Dicas Blogger é um exemplo) e péssimos blogs com host e domínio próprios. Mas o preconceito existe.
E por último, mas não menos importante, o apoio que o Janio me deu, desde antes de que eu migrasse. Se não fosse a paciência e o suporte que ele me ofereceu, a migração teria sido muito mais difícil e demorada. Hoje tenho certeza de que fiz a escolha certa, pois o serviço dele é absolutamente impagável.
A mudança de nome se deveu à vários fatores. Para começar, o domínio original (net-dinheiro) não estava disponível em nenhuma variante. Além disso, era um péssimo domínio, e já naquela época o meu foco estava se desviando da monetização para outros aspectos do blog, como as questões filosóficas, as boas práticas e coisas assim.
Quando percebi isso, decidi que o melhor caminho era inventar um nome; algo curto, simples, fácil de lembrar e que pudesse se tornar marca. Depois de muito brainstorm, inventei "Blosque" - que é um acrônimo das qualidades que eu considerava na época como primordiais para um bom blog. O engraçado é que o pretendido post sobre isso nunca saiu, e hoje eu nem lembro direito quais eram. Algum dia vou revirar minhas anotações e publicar uma explicação (com alguns anos de atraso, ahahahaha).
Não foi fácil me decidir a migrar. Mesmo sabendo de todas as vantagens que o Wordpress me traria, a complexidade da plataforma me assustava um pouco; eu teria que aprender tudo do zero, sendo que eu já conhecia o Blogger do avesso. Outra coisa que me freiava era saber que inevitavelmente eu teria perda de PR, de indexação, de rankings (coisa que hoje não me interessa).
Eu instalei o Wordpress no host em Abril de 2007, mas só migrei em Novembro do mesmo ano. Nesse interím, fui conhecendo a plataforma nova, pesquisando themes e plugins... e confesso que o que me deu o empurrão final foi o lançamento do theme "The Morning After" - acho que foi o primeiro layout de estilo magazine que eu vi, e eu me apaixonei por ele. Na verdade, eu migrei mais que nada para poder usar esse theme! :)
O processo em si foi um caos, foi trabalhoso, demorado e estressante. Com o que aprendi nestes 2 anos, teria sido muito mais fluído e bem feito - há várias coisas que eu deveria ter feito diferente. Por isso mesmo, como eu já falei para você, estou produzindo uma série de posts sobre a migração do blog de uma amiga, da qual me encarreguei recentemente. Minha intenção é ajudar quem vai passar por essa transição a obter melhores resultados com menos stress.
3 - Você passou alguns meses sem postar no Blosque. Quando retornou, escreveu um post contando sobre suas decepções com o atual retrato da Blogosfera brasileira: plágio, blogs caça-paraquedistas e muitas polêmicas... A que você atribui essa mudança?
É exatamente o que eu falei nesse post: a blogosfera cresce mas não evolui. Quanto mais os blogs se tornam conhecidos pelo público, mais blogs se criam... e mais a coisa degringola. Porque o ser humano é falho, e a Internet passa a impressão de que aqui você pode fazer coisas que jamais faria na "vida real", impunemente. O que dá como resultado um ambiente poluído, muitas vezes hostil.
Não que não houvessem problemas quando eu cheguei na blogosfera. Mas os problemas só fazem aumentar e piorar. E uma boa parte disso se deve a que entre os que chegaram primeiro, os que têm visibilidade e experiência, muito poucos se preocupam em apontar o caminho para quem vem atrás, poucos trabalham para que o nosso ambiente - esse grupo enorme e heterogêneo que chamamos de blogosfera - seja saudável e produtivo.
Eu sei e compreendo que nem todo mundo tem vocação para fazer o que eu e você fazemos. Mas existem muitas formas de colaborar, desde dar o exemplo até oferecer links educativos aos leitores... Quem faz isso? Muito poucos, e quanto maior a visibilidade do blog, menos ainda. Devo esclarecer que não estou culpando ninguém, nem creio que ninguém tenha obrigação de coisa nenhuma; só penso que se houvesse uma maior consciência de responsabilidade entre os blogueiros, a blogosfera não estaria do jeito que está.
Uma coisa que não devemos esquecer: a blogosfera é um reflexo do mundo. A sociedade na qual vivemos está num processo permanente de bundalização, e se torna cada vez mais difícil lutar contra isso. E eu fico triste, porque não vejo que nada disso vá melhorar, não tenho palavras esperançosas para oferecer. Só posso dizer que eu vou continuar fazendo a minha parte, enquanto eu tiver estômago para isso.
4 - Percebo em seus posts uma grande preocupação com questões éticas. Na sua opinião, o que um blogueiro iniciante deve fazer para manter um blog de qualidade?
Basicamente, ter vergonha na cara. A maioria das regras e boas práticas das quais eu vivo falando (e as quais sou acusada de inventar) nada mais são do que bom senso. Quando eu comecei a blogar, metablogs em Português eram praticamente inexistentes. Então, como é que eu aprendi? Será que eu sou uma espécie de profeta blogueira, que recebeu revelações divinas através de arbustos em chamas e anjos com espadas flamejantes?
Claro que não. Metade das coisas eu aprendi observando outros blogs e blogueiros antes de agir, falar, publicar; e a outra metade eu já tinha aprendido em casa, quando me ensinaram a ser gente. Não foi preciso que um metablog me explicasse que as coisas têm dono, e que roubar é feio. Ou que ninguém gosta de pessoas pedinchando coisas, ou que eu não devo esperar que os outros façam as coisas por mim, resolvam meus problemas e me aturem.
Se você tem vergonha na cara, fica mais simples. Fora isso, é básico: usar Português correto, creditar suas fontes, ler bons blogs (não só metablogs), postar com um mínimo de frequência, usar um template decente, não fazer hotlink, oferecer Feed RSS completo.
É importante: produzir conteúdo original (mesmo que você vá replicar o que viu em outro blog, se acrescentar um parágrafo com sua opinião ou informação adicional, já estará prestando um bom serviço), investir tempo em aprender a se comportar dentro da blogosfera, prestar atenção no seu leitor, pesquisar antes de fazer afirmações ou dar notícias que podem afetar outras pessoas, construir relações colaborativas com outros blogueiros.
Claro que essa lista poderia se estender por quilômetros, mas não vou repetir aqui todas as coisas que venho falando há anos no meu blog. ;)
5 - Você influenciou uma geração de blogueiros, na qual eu me incluo. Saber disso te anima a prosseguir?
Bom, eu fico entre encabulada e orgulhosa com suas palavras. Claro que saber que eu tive alguma influência num blog do naipe do Dicas Blogger é uma enorme satisfação. Como eu disse no post dos Três Anos, vocês, meus leitores, são a razão pela qual eu não desisti, o motivo pelo qual o Blosque ainda existe, apesar das decepções e dos problemas dos quais já falamos.
Isso é o que faz que o meu trabalho valha a pena: saber que ele serve para alguém, que é útil de alguma forma. No dia em que isso não for mais assim, não terá sentido e eu vou jogar a toalha. Espero sinceramente que esse dia nunca chegue.
6 - Você sempre foi vítima de plágio, o que, aliás, é a sina dos metabloggers. Hoje em dia, o que você sente e como reage ao se deparar com posts seus em outros blogs?
O que sinto? Raiva, indignação, nojo, desprezo, impotência... é uma das piores coisas que pode me acontecer, no tocante aos blogs. Pra mim, é como se sequestrassem um filho, é uma violência sem tamanho. Me vem o sangue ao rosto só de pensar. E um monte de palavrões cabeludos e depilados, que não vou reproduzir por respeito à você e seu leitores.
Já passei por todas as fases: o susto do primeiro plágio (a gente nunca esquece, né), fazer post sobre os plagiadores que me roubam, procurar soluções, achar que avisar que não pode copiar vai resolver o problema, caçar ativamente os plágios...
Hoje eu sei que o plágio é uma praga que está mais extendida do que a gripe suína, e não procuro mais. Rezo pra não descobrir nenhum, porque TODA vez que descubro algum eu me sinto da forma como descrevi acima. Infelizmente, volta e meia, mesmo evitando saber, algum deles chega até mim: seja através de links para o post original, seja porque algum leitor bem intencionado descobriu e me avisou.
Como eu reajo, depende do caso e do meu humor. As alternativas mais comuns: deixar um comentário desaforado chamando o cidadão de ladrão, perdedor e coisas piores, requisitar que o post seja removido, denunciar aos programas de afiliados, denunciar ao host (Blogger ou qualquer outro), twittar para que outros vejam, denunciar nas listas de discussão, enviar email solicitando remoção do texto.
Eu só não consigo não fazer nada, embora no mais das vezes tudo isso seja um exercício fútil. Fútil porque você chuta uma pedra, e tem 50 plagiadores embaixo. Porque os plagiadores quando confrontados, na maioria das vezes sobem nas tamancas como se tivessem o direito de roubar meu trabalho. Porque muita gente ainda pensa "é divulgação", "é sinal de que seu conteúdo é bom" e besteiras do gênero; quando na verdade isso é como dizer "Roubei seu carro para mostrar à outras pessoas como ele é bom" ou "Peguei o informe que você levou dias para fazer e mostrei ao chefe como se fosse meu, porque ficou excelente!".
Isso para não falar dos plagiadores que respondem com ameaças quando são descobertos, como você bem sabe. E cada vez que eu vejo um caso desses, eu fico me perguntando se essas pessoas nasceram de chocadeira elétrica.
Cheguei à conclusão de que é mais produtivo investir meu tempo em educar sobre plágio quem chega ao meu blog, do que perder tempo perseguindo plagiadores. Quanto mais pessoas tiverem consciência de que plagiar é errado, mais chance teremos de diminuir essa praga.
7 - Eu já li, várias vezes, que existe uma panelinha na Blogosfera, que não aceita o surgimento de novos blogs - o que discordo. E você, o pensa sobre isso?
Vamos por partes. Primeiro, seria impossível que um único grupo de pessoas (a referida panelinha) tivesse algum poder sobre "o surgimento de novos blogs", dado o tamanho e a natureza da blogosfera. É ridículo afirmar isso.
Segundo, dentro da blogosfera (conjunto que abarca todos os blogs) existem panelas, panelinhas e caçarolas. E até chaleiras e frigideiras. "Panela" é o nome que as pessoas dão para um grupo do qual não fazem parte, seja ele baseado em amizade, afinidade, trabalho, convivência, interesses comuns ou qualquer outra coisa.
Quem fala em panela está reclamando porque não foi convidado ou aceito em determinado grupo - e não leva em conta que provavelmente o grupo não tem razão alguma para aceitá-lo. Salvo excessões, nenhum grupo tem obrigação de me aceitar ou se interessar por mim; ser aceita em qualquer grupo que me dê na telha não é um direito que me assiste. As pessoas se agrupam, fazem amizades e constroem relações o tempo todo na "vida real" - elas não aceitam qualquer um que invente de fazer parte, mas têm seus processos próprios de seleção. Esse agrupamento é completamente natural, pois somos animais sociais.
Além da pretensão injustificada de ser aceito em grupos dos quais não se faz parte, essa história de "panela" na blogosfera tem outro fundo. O que está sendo referido quando se diz que "o surgimento de novos blogs não é aceito" é motivado pelo fato de que muitos blogueiros novos ou desconhecidos pretendem que blogs mais conhecidos e com boa visibilidade lhes prestem assistência social; como se isso fosse uma obrigação de quem chegou antes e construiu um nome visível na blogosfera.
Assistência social na forma de divulgação (o famoso "me dá uma força"), "ajuda" (que na maioria das vezes é confundido com resolver problemas para quem está pedindo ajuda), atenção, links, twitts, enfim, tudo o que um blog novo precisa para se tornar conhecido e respeitado, e que deve ser conseguido por esforço e méritos próprios. Não por caridade, por favores, por esmola.
Pretende-se receber ajuda e apoio pelo simples fato de ter chegado agora, de estar começando. Isso é como chegar numa festa onde você não conhece ninguém e pretender que todos venham lhe receber, festejar e paparicar. E quando isso não acontece (porque não é assim que a vida funciona) você se emburra e acusa os convidados de "panela". Faz sentido? Claro que não.
No entanto, se você chega na festa, se apresenta, participa da conversa, tem coisas interessantes a dizer, mais cedo ou mais tardes muitos dos convidados estarão se agrupando ao seu redor, ouvindo o que você está falando, prestando atenção em você, e talvez até role um convite para uma próxima festa ou um encontro. É assim que funciona.
Na blogosfera também. As pessoas parecem não entender que nenhum blog começou grande nem conhecido. TODO MUNDO começou no mesmo lugar, com a mesma quantidade de leitores: zero. Eu, você, o Cardoso, o Kibe, o Tech Crunch, todo mundo. Como a gente cresceu, se tornou conhecido? Pedindo "uma força"? Descobrindo a saudação secreta dessa tal panelinha imaginária? Não. Trabalhando, investindo tempo, esforço e criatividade, um dia de cada vez, criando conteúdo, divulgando de forma correta, etc.
Embora pareça mentira, quando você faz esse caminho das pedras, e tem talento - seja para produzir conteúdo original, agregar conteúdo de forma útil, satisfazer necessidades do seu público ou qualquer outra coisa interessante para as pessoas - inevitavelmente os blogs maiores vão encontrar você, se interessar pelo seu blog, linkar, divulgar, apoiar. Sem que você precise pedir.
8 - E o Twitter? Veio pra ficar ou é somente uma febre?
Ah, o Twitter... Eu creio que o Twitter veio para ficar - a única razão que vejo para um possível fim dele seriam os problemas de escalabilidade, isto é, se eventualmente ele não conseguir suportar (em questões técnicas) o próprio crescimento.
Hoje estamos recebendo uma avalanche de usuários novos no Twitter, atraídas pela publicidade que ele está tendo - principalmente de pessoas famosas que começaram a usar o serviço. Não sei se esse público vai permanecer lá, pois o Twitter é uma ferramenta difícil de explicar e que não tem utilidades muito óbvias para quem não está familiarizado.
No entanto, o público mais familiarizado com a Internet, os early-adopters que ainda estão lá, o pessoal geek e acostumado a lidar com redes sociais, e quem já entendeu o Twitter, gosta dele e vai permanecer como user enquanto for possível. Porque o Twitter é útil, é bacana, é divertido - basta saber usar, e escolher bem quem você segue.
Eu estou no Twitter quase desde que ele surgiu, e gosto muito, embora não seja fanática. Lá eu encontro e compartilho link interessantes, recebo informações úteis, acompanho acontecimentos e notícias em tempo real, faço divulgação, converso, troco idéias, peço ajuda, faço e respondo perguntas...
Twitter é como Neston: existem mil maneiras de usar, invente a sua. :P E justamente por isso, acho que ele vai ficar, mesmo quando a febre passar.
9 - Que rumo você pretende dar ao Blosque?
A grande mudança de rumo do Blosque ocorreu quando a tagline passou de "Blogando por Dinheiro" para "Blogando com Inteligência", quando o foco passou de monetização para boas práticas, criatividade e esse tipo de coisas. O meu rumo continua sendo nessa direção - orientar quem está chegando, ajudar quem estiver interessado em melhorar seu blog e continuar tentando fazer alguma diferença nessa baderna toda.
Engraçado, essa é a pergunta mais difícil de responder, de toda essa entrevista. Porque eu voltei, mas não tive nenhuma epifânia, não tenho planos secretos bombásticos, não estou planejando nenhuma grande mudança. Por enquanto, meus planos são continuar blogando - e voltar a postar com uma frequência melhor.
Tenho coisas na prancheta, claro. Só que nada que vá ser revolucionário para o blog, pelo menos por enquanto. O que garanto é que no fim do ano tem 3º Edição do Desafio 21 Dias! :)
10 - A pergunta que não quer calar: quem é a Nospheratt?
Ahahahaha E esta é a mais fácil de responder! A Nospheratt é o que transparece nos blogs, no Twitter, nas listas de discussão, em qualquer lugar onde eu apareço. Eu sou exatamente o que pareço, de bom e de ruim.
Eu me assumo, sempre, em todos os aspectos. Não escondo minhas virtudes nem defeitos, não faço malabarismos para sair bem na foto, não faço de conta. Eu sou, complexa e humana, mulher e escritora, blogueira e dona de casa, e tantas outras coisas mais. Como qualquer outra pessoa, tenho meus erros, acertos, medos, certezas, afetos e desafetos, e tudo isso (ou quase) você vê no meu texto, nas palavras, pensamentos e opiniões que tenho espalhados pela rede. Simplesmente, eu sou de verdade.
Quem me conhece pessoalmente pode atestar isso. As duas únicas coisas que as pessoas que me conheceram me disseram que não esperavam são: eu fico vermelha com elogios, e sou muito acessível. Não sei o que esperavam, pois eu não "me acho"; mas fico feliz quando alguém me diz isso (eu ouvi várias vezes as mesmas coisas).
Isso claro tirando as piadas: "Eu achava que você não existia" e "Eu achava que você era um fake feito pelo Cardoso". :P